A aeronave da Azul Linhas Aéreas A330neo, a maior da empresa, tem previsão para decolar de Viracopos às 15h com destino a Recife (PE). De lá, o avião segue para Mumbai para buscar a carga das doses, com peso estimado de 15 toneladas. Serão 15 horas de voo, sem escalas, em um trajeto de 12 mil quilômetros. O imunizante ainda aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial.Inicialmente, a companhia aérea e o governo federal informaram que o avião sairia de Viracopos às 13h. No entanto, a previsão passou para às 15h, segundo a Azul, por conta de um atraso para fazer a adesivagem da aeronave.
De acordo com o Ministério da Saúde, os contêineres vão garantir o controle de temperatura das doses, conforme as recomendações do fabricante. A pasta ainda informou que o avião chegará ao Brasil com as doses da vacina no sábado (16), às 15h, pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, conhecido como Galeão, no Rio de Janeiro.
O transporte das doses atende a uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que autoriza empresas aéreas a auxiliarem no transporte de vacinas contra o novo coronavírus. Segundo a Azul, a rota até a Índia é inédita para a companhia.
O Ministério da Saúde aguarda a resposta da Anvisa sobre o pedido de uso emergencial para iniciar a campanha de vacinação. Além da vacina de Oxford, outro imunizante contra a Covid-19, a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, também pediu a aprovação da agência para aplicação no Brasil.
Um estudo publicado e revisado na revista científica "Lancet" diz que a vacina de Oxford tem eficácia média de 70% e é segura. Os testes ocorreram em diversos países, inclusive no Brasil. Como vantagem, a tecnologia usada pelo imunizante é de produção, armazenamento e distribuição consideradas mais fáceis.No fim de dezembro, o Reino Unido e a Argentina autorizaram o uso emergencial da vacina de Oxford. Saiba mais sobre a vacina de Oxford abaixo:
- A vacina teve 90% de eficácia quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo menos um mês, de acordo com dados de testes no Reino Unido.
- Quando administrada em 2 doses completas, a eficácia foi de 62%. A análise que considerou os dois tipos de dosagem indicou uma eficácia média de 70,4%.
- Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram os dados de 11.636 pessoas vacinadas. Dessas, 8.895 receberam as duas doses completas, e 2.741 receberam a meia dose seguida de uma dose completa.
- Cerca de 88% dos voluntários analisados (10.218) tinha de 18 a 55 anos de idade.
- Nenhum participante com 56 anos de idade ou mais recebeu a meia dose seguida da dose completa, que tiveram maior eficácia
- A eficácia da vacina nos participantes acima de 56 anos não foi avaliada, mas será determinada em análises futuras.
- Pesquisadores investigam o potencial da vacina para prevenir casos assintomáticos da Covid-19.