Os laboratórios Sanofi e GSK anunciaram nesta quarta-feira (28) que disponibilizarão 200 milhões de doses de uma futura vacina contra a Covid-19 ao programa internacional Covax. A iniciativa foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o objetivo de ajudar a garantir um acesso equitativo às futuras vacinas contra a doença. O Brasil faz parte da Covax. Em comunicado, os laboratórios francês Sanofi e britânico GSK afirmam ter assinado uma "declaração de intenções" com o Gavi, o administrador jurídico do mecanismo internacional de compras Covax, para "garantir a cada país participante um acesso justo e equitativo às possíveis vacinas contra a Covid-19". As farmacêuticas destacaram que "têm a intenção de disponibilizar ao programa 200 milhões de doses de uma vacina", com a ressalva de que ela ainda precisa ser aprovada pelas autoridades reguladoras. Sanofi e GSK desenvolvem um imunizante que está na segunda fase de testes em humanos, iniciados em setembro. Os laboratórios preveem obter os primeiros resultados no início de dezembro e acreditam que poderão iniciar a terceira fase de testes antes do fim do ano.
Executivos das duas farmacêuticas disseram em comunicado que têm a vontade e o compromisso de que a vacina contra Covid-19 esteja acessível às populações mais vulneráveis em todo o mundo. Até o momento, 167 países aderiram ao sistema internacional de aquisição e distribuição de vacinas, conhecido como Covax. São 92 países de baixa e média renda que receberão doses gratuitas e 75 países ricos que precisarão pagar pelo imunizante. No início de outubro, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, anunciou que a iniciativa prevê doses da vacina para 10% da população brasileira.*G1— Foto: Reuters via BBC