Uma médica do serviço de emergências de Miami, nos Estados Unidos, perdeu temporariamente a guarda de sua filha, de apenas quatro anos, por estar cuidando de doentes infectados com a Covid-19. Theresa Greene disse que sentia que a decisão a discriminava como mãe divorciada e acredita que, se fosse casada, teria a oportunidade de ir para casa para junto da minha filha. "Acho que não é justo. É cruel me pedirem para escolher entre a minha filha e o juramento que fiz como médica. Não vou abandonar a minha equipe de trabalho, nem os doentes que, cada vez mais, me procuram para salvar as suas vidas, mas é uma tortura", comentou. Em entrevista à CNN americana, ela explicou que o juiz determinou que a menina deveria ficar com o pai, de quem se divorciou há quase dois anos, para evitar o risco de contaminação ao novo vírus. Theresa apelou para que não fosse concedida a guarda total ao ex-marido. O ex-marido de Theresa, Eric Greene, enviou uma nota por meio de seu advogado dizendo que "tem o maior respeito pelo compromisso assumido pela profissional de saúde e pelo seu trabalho crítico durante esta pandemia". Segundo a mãe, a menina não entende o que está acontecendo, ainda que saiba que Theresa está triste.
"Quero que ela cresça e se orgulhe de mim, cumprindo o juramento que fiz quando entrei em medicina, mas também sei que ela precisa de mim agora", comentou. Abatida, Theresa ainda lamentou que não sabe quando verá a fillha porque não há previsão para a pandemia chegar ao fim.*G1Foto: Reprodução