O Irã anunciou, nesta terça-feira (14), que "alguns indivíduos" envolvidos na queda do avião ucraniano, que matou 176 pessoas no dia 8 de janeiro, foram presos. A justiça do país não informou quantas pessoas foram presas nem os nomes delas.
"A responsabilidade recai sobre mais do que apenas uma pessoa", declarou o presidente iraniano, Hassan Rouhani, que disse ainda que os culpados "devem ser punidos. As forças armadas iranianas admitirem seu erro são um bom primeiro passo. Devemos garantir às pessoas que isso não acontecerá novamente", acrescentou. A aeronave decolou de Teerã e seguia para Kiev, na Ucrânia, com 176 pessoas quando caiu. Ninguém sobreviveu. A tragédia colocou o governo do Irã sob pressão. No sábado (11), o governo iraniano assumiu que a aeronave foi derrubada por engano. Desde então, os iranianos saem às ruas para protestar. Na segunda-feira, manifestantes disseram que a polícia atirou para conter aglomerações, mas as autoridades negam. Em imagens de protestos anteriores, se veem pessoas cantando slogans contra o líder supremo do país, poças de sangue nas ruas e disparos de tiros. Vídeos publicados em redes sociais no domingo (12) à noite mostram tiros na região da praça de Azadi, em Teerã. Pessoas feridas foram carregadas, e encarregados de segurança foram vistos com rifles. Outras publicações mostram o batalhão de choque atacando manifestantes com cassetetes, enquanto as pessoas por perto gritam para que eles não façam isso. Entre os vídeos que circulam nas redes sociais, há alguns que mostram manifestantes gritando “morte ao ditador”, em uma referência ao aitolá Ali Khamenei. O presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu, em uma rede social, uma mensagem dizendo para o Irã não matar manifestantes.*G1— Foto: Iranian Presidency Office via AP