Duas manifestações, uma contra o presidente Michel Temer e outra organizada por servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro, desviaram o trajeto da tocha olímpica em Copacabana, na Zona Sul do Rio, no fim da manhã desta sexta-feira (5).
Imagens do RJTV 1ª edição mostraram o desvio e as informações foram confirmadas pela organização da Olimpíada. Após o atraso, a tocha voltou ao percurso normal, seguiu por outros bairros da Zona Sul e, por volta das 13h30, passava pelo Aterro do Flamengo. A cerimônia da abertura da Olimpíada está marcada para as 20h.
O protesto contra o presidente Temer, que também pedia a volta da presidente afastada Dilma Rousseff, era organizado pelo CSP Conlutas de São Paulo e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e começou na altura do Copacabana Palace. Manifestantes aproveitaram para ironizar a Olimpíada. Por volta das 14h, o grupo caminhava em direção ao posto 4.
Manifestantes exibiam faixas em Copacabana criticando os jogos olímpicos (Foto: Henrique Coelho / G1)
Anéis olímpicos com a foto do presidente em exercício e faixas como "calamidade Olímpica" podiam ser vistas no protesto. Carros de som ditavam palavras de ordem, e bandeiras de diversos sindicatos tremulavam durante o ato.
Familiares de PMs mortos fizeram ato no Maracanã
Mais cedo, um protesto de parentes de policiais mortos realizaram um protesto e caminharam em direção ao Maracanã, na Zona Norte do Rio, onde ocorre a cerimônia de abertura da Olimpíada às 20h desta sexta.
Manifestantes caminharam em direção ao Maracanã por volta das 10h (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
No meio do percurso, o grupo chegou a ser impedido de passar pela via principal por causa das interdições para a cerimônia de aberta da Olimpíada no estádio do Maracanã.
Parentes de policias mortos fazem ato no Maracanã na manhã desta sexta (5) (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
No ato, viúvas fizeram oração e soltaram balões brancos manchados de tinta vermelha, simbolizando o sanguedas vítimas. Os balões carregava fotos dos PMs mortos. Quando chegaram no Maracanã, por volta das 11h, elas entregam flores e abraçam os PMs que estavam no entorno do Maracanã para a festa de abertura da Olimpíada.
Parentes de policiias mortos entregaram flores a PMs que estavam no entorno do Maracanã (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
"Meu marido era um homem de bem, trabalhava muito pra dar p mínimo de dignidade pra família dele. A filha dele tem 7 anos e ninguém nunca procurou. E agora? O que que eu faço? Ele morreu trabalhando dentro da favela do Jacarezinho", disse Josiane Modesto, viúva há oito meses de um PM da UPP do Jacarezinho.