Recém-nascido corre risco de ter braço amputado e família acusa hospital de negligência médica na Bahia
Bebê nasceu prematuro, com 26 semanas de gestação, no dia 4 de março, em Itabuna. Caso é investigado pela Polícia Civil.
Por Administrador
Publicado em 12/03/2025 15:07
Bahia

Um bebê de apenas sete dias de vida corre o risco de ter o braço amputado e a família dele denuncia o Hospital Manoel Novaes, localizado em Itabuna, no sul da Bahia, de negligência médica. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Segundo informações da TV Santa Cruz, o bebê nasceu prematuro, com 26 semanas de gestação, no dia 4 de março. A família relatou que ele estava saudável, sem nenhuma comorbidade, mas precisou ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até se desenvolver completamente.

No entanto, conforme a mãe do bebê, ainda nos primeiros dias de internação, ela percebeu que havia algo errado no acesso intravenoso no braço esquerdo da criança. A mulher disse que ele corre o risco de ter o membro amputado.

 

"No segundo dia [de internamento], começou a aparecer umas manchinhas na mão dele e eu perguntei se era normal e falaram que era. Depois, começou a ficar roxo e continuaram dizendo que era normal. Passou um tempo, a mão dele começou a ficar pior, sem circulação", disse a mãe do bebê.

O pai de Heitor também lamentou a situação e afirmou que só recebeu informações claras sobre o estado do filho muito tempo depois. Já a a advogada da família, Natasha Cadorna, alegou que o hospital se nega a fornecer o prontuário do bebê, e que nenhuma declaração oficial foi dada sobre o caso.

 

"Até o presente momento, os pais estão desassistidos, não teve nenhum médico ou profissional para dar qualquer tipo de informação e qualquer amparo. A responsabilidade do hospital era de cuidar de criança, mas veio a necrosar um membro de suma importância para as atividades da criança. Ainda não se sabe qual vai ser o próximo passo, amputação ou cirurgia reparadora", falou a advogada.

 

 
 
 

A direção do Hospital Manoel Novaes contesta a versão da família de que a criança nasceu saudável. A unidade de saúde disse que a criança, que nasceu prematura, apresentou problemas de saúde após o parto.

 

"Esse bebê foi intubado porque se tratava de um caso muito grave. Foi evidenciada uma infecção materna, da placenta. Já tinham equimoses em algumas partes dos membros superiores e inferiores, que constam no registro médico. A equimose significa uma perda do fluxo sanguíneo em determinada região e a aparência é roxa", disse Lucinaide Ferreira dos Santos, coordenadora de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo).

 

Lucinaide informou que Heitor está sendo acompanhado por um cirurgião vascular e ainda não há uma definição sobre o procedimento que será realizado no braço do bebê. O caso foi registrado na Delegacia de Itabuna, que investiga o caso.

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