Sem salários, deputados têm de levar papel higiênico e água.
Mundo
Publicado em 12/04/2017

Ser deputado numa Assembleia Nacional (AN) dominada pela oposição na Venezuela de hoje não implica, apenas participar de marchas contra o governo do presidente Nicolás Maduro e enfrentar uma repressão cada vez mais violenta nas ruas. Implica, também, não receber salário  suspensos há quase um ano  estar proibido de viajar em companhias aéreas estatais e ter dificuldades para comprar passagens em empresas privadas; trabalhar sem tinta para imprimir, entre outros produtos básicos que deveria haver num Parlamento, como papel higiênico, café e água mineral. A deputada Milagros Paz, por exemplo, que representa o estado de Sucre, já quase não consegue pagar o aluguel do apartamento que ocupa com uma colega. Por terra, são sete horas, no mínimo, e a única companhia que voa a Sucre é a estatal Conviasa, onde os opositores não podem comprar passagens. Os deputados deveriam receber 12 salários mínimos, mas há quase um ano não ganham um centavo.

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