A primeira morte foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) pela manhã. Houve dois deslizamentos na BR-376 – um por volta das 15h30, quando a rodovia ficou interditada, e outro quatro horas depois, com o trânsito liberado em meia pista. Foi neste momento em que os veículos foram levados pela enxurrada. Leia mais abaixo.
Houve dois deslizamentos. O primeiro começou às 15h30 de segunda, quando um talude cedeu no trecho de serra e uma das pistas foi interditada. Desde então, o trânsito estava fluindo por pista única. Às 19h30, houve um novo deslizamento, quando carros foram atingidos e os dois sentidos da rodovia foram interditados.
As buscas foram interrompidas na madrugada devido à instabilidade do tempo, mas foram retomadas nesta manhã.
Uma morte foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal por volta de 10h desta terça.
O Governo do Paraná não informou quantas pessoas estão desaparecidas.
Em coletiva, Defesa Civil afirmou que a concessionária sabia dos riscos e, por isso, fazia obra na região.
Imagem aérea do deslizamento na BR-376 — Foto: CBMSC/divulgação
Os deslizamentos na BR-376
O problema na pista começou às 15h30, quando houve um primeiro deslizamento. O trecho, no entanto, foi parcialmente interditado pela concessionária Arteris, e o fluxo seguiu em uma faixa, o que causou lentidão no trânsito, com uma fila de carros.
Cerca de quatro horas depois, um talude cedeu em cerca de 200 metros de pista e arrastou ao menos 15 veículos, entre carros e caminhões, que estavam na pista. A chuva era intensa no local no momento do incidente.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) não há pluviômetro monitorado pelo órgão ou pela Agência Nacional de Águas (ANA) na pista, mas o equipamento mais próximo, pouco abaixo do local do deslizamento, administrado pela ANA, apontava volume acumulado de 247 milímetros de chuva apenas na segunda-feira (28).
No acumulado das últimas 72 horas, foram 355 milímetros. O Cemaden afirmou que há um alerta de risco para a região desde o domingo (27).
A Defesa Civil afirmou ainda não ter como divulgar com exatidão o número de vítimas e desaparecidos no deslizamento. Isso porque, de acordo com o coordenador estadual do órgão, Coronel Fernando, há apenas informações visuais iniciais.
"Nós temos uma grande massa de terra sobre a pista e não temos condições de precisar quantos veículos ou quantas pessoas estavam nesses veículos."
A Polícia Científica do Paraná disponibilizou um número de telefone para atendimento de familiares de possíveis vítimas. As famílias poderão entrar em contato pelo (41) 3361-7242, fornecendo informações que possam auxiliar a polícia a identificar as vítimas.